Wady Nagem Vidal
12 Abril 2020
Quando comecei minha coleção sobre aviação, na época uma temática denominada “HISTÓRIA GERAL DA AVIAÇÃO NO BRASIL”, ficava intrigado porque em alguns envelopes havia um carimbo com as letras MP em maiúsculas às vezes com um ponto após cada letra e em outros esse carimbo não aparecia. Na época, 1990/1995, apesar de muita pesquisa, as respostas não foram conclusivas.
Em 2010, a coleção foi reestruturada e passou para a Aerofilatelia e o título passou a ser: CORREIO AÉREO NO BRASIL – 1925/1945, o que demandou pesquisas muito mais específicas e aprofundadas. Uma delas pesquisas foi sobre o carimbo “MP”.
MP significa MÃO PRÓPRIA e, segundo o Decreto Nº 14.722, de 16 de março de 1921, referia-se à forma de encaminhamento de uma correspondência que o remetente apresentava ao Correio para ser carimbada a fim de transitar por intermédio de um particular.
Objetivando regulamentar uma prática que já acontecia com base naquele Decreto e fomentar o desenvolvimento do Correio Aéreo no Brasil, a Diretoria Geral dos Correios, por meio da Portaria n. 749-E/1ª, de 26 de Abril de 1928, autorizou o Syndicato Condor e a VARIG a efetuar a entrega direta aos destinatários das correspondências conduzidas por suas aeronaves.
Essas correspondências deviam ser obrigatoriamente apresentadas às repartições postais do local de origem, que após a conferência das taxas postais ordinárias aplicavam o carimbo “M.P.”, indicativo da entrega da correspondência por pessoa estranha ao correio.
Atualmente, MÃO PRÓPRIA é um serviço prestado pelos Correios assim definido no site dos correios (http://www.correios.com.br): Entrega com conferência de identidade e garantia de que o objeto será entregue somente ao destinatário.
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