A Aviação Naval Brasileira é o componente aéreo da Marinha do Brasil, atualmente denominada Força Aeronaval. A estrutura aérea está subordinada ao Comando da Força Aeronaval, organização militar responsável por prover apoio aéreo operacional a partir das embarcações da Marinha do Brasil.
A Aviação Naval encontra-se sediada na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, onde são feitas a manutenção a nível de parque de todas as aeronaves, e encontram-se o Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval e o Comando da Força Aeronaval. Porém, esquadrões estão espalhados por todo o país, fornecendo apoio aéreo as organizações militares da Marinha ali sediadas ou que estejam realizando operações na área.
É missão do Comando da Força Aeronaval: "Assegurar o apoio aéreo adequado às Operações Navais, a fim de contribuir para a condição de pleno e pronto emprego do Poder Naval onde e quando for necessário."
A Aviação Naval Brasileira tem seu início em 1916 com a criação da Escola de Aviação Naval. Em homenagem ao Centenário, os Correios colocam em circulação o selo comemorativo, a partir de 23 de agosto de 2016. Em 26 de agosto, no Rio de Janeiro, a Marinha promoverá uma cerimônia para destacar a efeméride, onde, entre diversos eventos, o selo do Centenário será obliterado por autoridades civis e militares.
SOBRE OS SELOS
O selo destaca a logomarca do Centenário da Aviação Naval, ladeada por folhas de louro, simbolizando a grandiosidade das conquistas dessa Corporação. O número “1”, dourado, remete ao ouro, representativo dos significados da Aviação Naval para a Marinha do Brasil e para aqueles que a representam no AR e no MAR. Compondo o primeiro Zero do numeral, encontra-se, na parte superior do círculo, a expressão Marinha do Brasil, e, na inferior, Aviação Naval. No centro superior do Zero, acima dos anos 1916 e 2016, figura o Hidroplano Curtiss modelo F–1906, primeiro avião adquirido pela Aviação Naval brasileira, e a aeronave AF-1 Skyhawk do Esquadrão VF–1. Na parte inferior do círculo, encontrase a asa dourada, símbolo ostentado pelos militares dedicados à Aviação Naval. O segundo Zero é contornado pelas Expressões “No Ar, os Homens do Mar” – 100 anos. No interior do círculo, encontrasse a bússola, instrumento essencial às atividades aeronáuticas, e cinco estrelas de prata, simbolizando a Constelação do Cruzeiro do Sul. Acrescenta-se ao cenário, a silhueta de um helicóptero WS-51 "Widgeon" MK-2, representando o início das atividades com aeronaves de asas rotativas, no final da década de 50, e o Porta-Aviões NAe São Paulo, de grande relevância para o emprego operativo da Aviação Naval. As 10 estrelas encontradas em cada Zero simbolizam os 100 anos de existência da Aviação Naval, remetendo à Medalha do Mérito Militar, onde cada estrela equivale a 10 anos de bons serviços prestados por valorosos militares.
ABOUT THE STAMPS
The stamp highlights the logo of the Naval Aviation Centennial, surrounded bylaurel leaves, symbolizing the greatness of the achievements of this Corporation. The "1" golden number refers to gold, representative of the meanings of Naval Aviation for the Navy of Brazil and those who represent it in AIR and SEA. Composing the first Zero numeral, it is at the top of the circle, Brazil's Navy expression, and at the bottom, Naval Aviation. In the upper center of the Zero above the years 1916 and 2016 the figure Hydroplane Curtiss F-1906 model, first aircraft acquired by the Brazilian Naval Aviation, and the AF-1 Skyhawk aircraft Squadron VF-1. At the bottom of the circle, is the golden wing, symbol sported by the military dedicated to the Naval Aviation. The second Zero is surrounded by the expressions "In the Air, The Sea Men " – 100 years. Inside the circle, is the compass, an essential instrument to aeronautical activities, and five silver stars, symbolizing the constellation of the Southern Cross. It adds to the scenario, the silhouette of a WS-51 helicopter "Widgeon" MK- 2, representing the start of activities with rotary wing aircraft, in the late 50's, and the aircraft carrier aircraft carrier NAe São Paulo, of great relevance to the operating use of Naval Aviation. The 10 stars found in each Zero symbolize the 100 years of Naval Aviation, referring to the Medal of Military Merit, where each star is 10 years of good services for military valorous.
DETALHES TÉCNICOS
Edital nº 15
Arte: Marinha do Brasil
Processo de Impressão: ofsete
Folha: 24 selos
Papel: cuchê gomado
Valor facial: 1º Porte Carta Comercial
Tiragem: 480.000 selos
Área de desenho: 44mm x 26mm
Dimensão do selo: 44mm x 26mm
Picotagem: 11 x 11,5
Data de emissão: 23/08/2016
Local de lançamento: Rio de Janeiro/RJ
Impressão: Casa da Moeda do Brasil
Versão: Departamento de Relações Institucionais e Comunicação/Correios
Código de comercialização: 852012217
TECHNICAL DETAILS
Stamp issue nº 15
Art: Brazilian Navy
Print system: offset
Sheet size: 24 stamp
Paper: gummed chalky paper
Face value: First Class Rate for Domestic
Commercial Mail
Issue: 480,000 stamps
Design area: 44mm x 26mm
Stamp dimension: 44mm x 26mm
Perforation: 11 x 11.5
Date of issue: August 23rd, 2016
Place of issue: Rio de Janeiro/RJ
Printing: Brazilian Mint
English version: Department of Institutional
Relations and Communication/Correios Brasil
Code: 852012217
CENTENÁRIO DA AVIAÇÃO NAVAL BRASILEIRA
“No Ar, os Homens do Mar!”
Em 1911, inspirados e impulsionados pelos feitos do Pai da Aviação, Alberto Santos Dumont, a Marinha do Brasil, de forma pioneira, enviou à França o Capitão-Tenente Jorge Henrique Mooler para o curso de pilotagem, que o tornou o primeiro militar brasileiro a receber um “brevet”. Em 23 de agosto de 1916, é criada a Escola de Aviação Naval, primeira instituição militar de ensino de aviação do país. Como pioneira, a Aviação Naval teve participação destacada na vida do país, tendo realizado o primeiro voo de um Presidente da República em uma aeronave militar brasileira, e contribuído decisivamente para com o desbravamento das rotas aéreas do litoral, com a defesa da neutralidade em incidentes internacionais, com as operações reais de patrulha durante a Primeira Guerra Mundial, com a criação do Correio Aéreo Naval, com a construção seriada de aviões e com a criação de um competente quadro de aviadores. Em janeiro de 1941, às vésperas da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, a Aviação Naval fundiu-se com sua irmã mais jovem do Exército para criar a Força Aérea Brasileira, para a qual foram transferidas as bases, a fábrica de aviões, as aeronaves e um grande quadro de oficiais e praças. Em 1952, a Aviação Naval voltou a existir de forma independente, com a criação da Diretoria de Aeronáutica da Marinha – DAerM, cuja missão era manter estreita cooperação com o Ministério da Aeronáutica, coordenar os assuntos da Marinha Brasileira com ela relacionados e tratar de todos os que se referem à Aviação Embarcada. Em 1955 era criado o Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval (CIAAN) sediado, inicialmente, no quilômetro 11 da Avenida Brasil. Após estudos realizados, o CIAAN é transferido, em 1961, para a cidade de São Pedro da Aldeia – RJ. Neste local foi erguida a Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, definitivamente inaugurada em 1966. A terceira fase da Aviação Naval inicia-se a partir de 1965, com a operação exclusiva das aeronaves de asa rotativa, período caracterizado por grandes transformações e pioneirismo, mormente com a implementação das operações embarcadas, muito influenciadas pela chegada do Nael Minas Gerais (Navio-Aeródromo Ligeiro), que representaria um grande salto na busca incessante pela profissionalização das operações aeronavais. Consolida-se, assim, o domínio completo, por parte da aviação naval, da operação embarcada com helicópteros, tanto em navios aeródromos, como naqueles dotados de pequena plataforma de pouso.
Apesar do amadurecimento operativo de nossa Aviação Naval, com o emprego exclusivo de aeronaves de asa rotativa, faltava-lhe, todavia, retomar um antigo sonho, correspondente à operação de aeronaves de asa fixa. Tal sonho foi alcançado em 1998, com a compra de 23 aeronaves A-4 e o envio de pilotos ao exterior para a obtenção das qualificações necessárias. Aqui inicia-se a quarta fase da Aviação Naval, marcada pelas operações de aeronaves de alta performance, a partir de navios aeródromos, potencial até então atribuído apenas às maiores Marinhas do mundo. A Marinha do Brasil orgulha-se da sua Aviação Naval, sempre pronta para cumprir sua missão, com a competência e o profissionalismo daqueles que desbravaram o conhecimento, venceram desafios e alçaram voos em prol do desenvolvimento das operações aeronavais.
MARINHA DO BRASIL
CENTENARY OF BRAZILIAN NAVAL AVIATION
“The Men of the Sea, in the Air!”
In 1911, in a pioneering move inspired and driven by the Father of Aviation, Alberto Santos Dumont, the Brazilian Navy sent Lieutenant- Captain Jorge Henrique Mooler to France for a pilot course, making him the first member of the Brazilian military to receive a “brevet”. On 23rd August 1916, the Naval Aviation School was created, the first military institution in Brazil to teach aviation. As a pioneer, Naval Aviation stands out in the history of Brazil, being the first to fly with a President of the Republic in a Brazilian military aircraft and contributingdecisively to the development of air routes on the coast, defending neutrality in international incidents, such as patrol operations during the First World War, the creation of Naval Airmail, the construction of aircraft and creating trained aviation staff. In January 1941, on the eve of Brazil entering the Second World War, Naval Aviation merged with its more recent Army counterpart to create the Brazilian Airforce, to which air bases, aircraft manufacture, aircraft and officials were transferred. In 1952, Naval Aviation returned to an independent existence with the creation of the Marine Aeronautic Board – DAerM, the mission of which was to maintain close cooperation with the Ministry of Aeronautics, coordinate related Brazilian Marine issues and deal with everything regarding Embarked Aviation. In 1955, the Aeronaval Instruction and Training Center (CIAAN) was created, initially housed at kilometer 11 of Avenida Brasil. After studies had been conducted, CIAAN was transferred, in 1961, to the city of São Pedro da Aldeia – RJ. This location was where the São Pedro da Aldeia Naval Air Base was constructed, finally inaugurated in 1966. The third phase of Naval Aviation began in 1965, with the exclusive operation of rotary-wing aircraft, a period characterized by great changes and pioneering work, especially with the establishment of embarked operations, much influenced by the arrival of Nael Minas Gerais (Light Aircraft Aerodrome), a large step forward in the neverending search for professionalization of aeronaval operations. Thus,complete naval aviation dominion of embarked operation with helicopters as well as with aerodrome aircraft, such as those with a small landing platform, was consolidated.
Despite the operational maturity of our Naval Aviation, using only rotary-wing aircraft, it still lacked returning to that old dream of operating fixed wing aircraft. This dream was achieved in 1998, with the purchase of 23 A-4 aircraft, sending pilots abroad to obtain the necessary qualifications. Here began the fourth phase of Naval Aviation, marked by operation high-performance aircraft, based at naval aerodromes, power previously only attributed to the largest Navies in the world. The Brazilian Navy is proud of its Naval Aviation, always ready to fulfill its mission with competence and professionalism of those who paved the way to knowledge, overcame challenges and lifted off flights to develop aeronaval operations.
BRAZILIAN NAVY
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